O meu pai viajava muito quando eu era miúdo. Lembro-me de todos os seus regressos. Chegava com a mala de pele vermelha cheia de autocolantes esquisitos, a abarrotar de roupa suja ... Chegava, abria-a no sofá da sala e retirava cirurgicamente um saco escondido no fundo... eram prendas... e eu sabia... a magia daqueles tensos 30 segundos era indescritível...
É mais ou menos assim que me sinto quando compro e abro um novo álbum de pearl jam...
Back Spacer não foi excepção. Chegou com dois dias de atraso, sem esperas na porta de lojas, sem os tradicionais: "-epá, se chegou hoje ainda não os tirei do caixote..." ; "-mas olhe que chegava hoje, veja lá..." ... sem correrias, sem euforias, pensei que tinha perdido aquela magia de miúdo... mas quando chegou veio na mala com autocolantes do meu passado. Uma primeira escuta, directa, sem interrupções. Um breve folhear pelas letras. Digerir músicas menos imediatas, repetir hits com o volume no máximo. Depois, as letras, ao jantar...
Um Ritual... um ritual...
Para já posso dizer que estou com o album nos ouvidos enquanto escrevo, bom sinal - escrever com banda sonora. Gosto. Muito.
ps- depois "esmiuço" o album ... agora estou a curti-lo... já venho...
"As always, Thank you..."
2 comentários:
o abacate é melhor.
E tu ja nem para comprar cds sais de casa...
Quando não se podem ver os originais, em concerto, temos estes para matar saudades:
http://www.myspace.com/pearlbandtributo
Já vi ao vivo e aconselho. Talvez a melhor banda de covers de Pearl Jam que anda aí. Claro que não é a mesma coisa que ver os originais...
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